sábado, 30 de agosto de 2008

Expresso Única, 30 de Agosto 2008. Pages 72 - 73


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Todos nós já fomos por algum motivo a uma loja chinesa. A maioria das vezes encontramos objectos semelhantes aos originais, mas que não passam de cópias. Para a cultura chinesa copiar originais é um elemento essencial, enquanto na Europa copiar é uma acção condenável.
Entendemos a copias como tentativa de apropriação de propriedade, pirataria ou outras coisas mais complexas, são substituídas (lá) por uma forma de apreço, de consideração e de estima pelo objecto original. Muitas vezes copia-se para tentar melhorar o original e assim sucessivamente se volta a copiar a cópia, numa tentativa de supera-lo.
O que se passa com as crónicas semanais de Gonçalo Cadilhe – Coordenadas Soltas, para a Revista Única do Jornal Expresso é muito semelhante à cultura chinesa, apreço e consideração por este aventureiro que fez do mundo a sua casa. Por este motivo algumas vezes farei eco do que se vai passando.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O Início da Aventura...


Há pouco mais de dois anos tinha na minha mão este bilhete de comboio, estava prestes a iniciar uma grande aventura. Sabem qual foi???...

sábado, 15 de julho de 2006

Aventuras ou simplesmente um estado de espirito...

Este blog pode ter um título excessivamente pomposo, mas esperemos que as circunstâncias o justifiquem. Espero que as aventuras ou simplesmente as vivências de viajante sirvam para activar o espirito intrínseco do ser humano, a vontade de descobrir.

A “Alma de viajante” é adquirida com a percepção do viajar, quando sentimos que estamos a viajar, sentimo-nos mais reforçados. Por este motivo quem se interroga sobre “o porquê” de viajar sobre uma bicicleta, então nunca irá entender o verdadeiro conceito da “alma de viajante”. Aqui tudo é mais lento, a velocidade permite-nos:


Sermos absorvidos por uma nuvem de crianças quando chegamos a uma aldeia perdida no meio dos Atlas (Marrocos) e sabermos que provavelmente seremos a notícia das próximas semanas para esta comunidade.

  • O cheiro a maresia quando se faz a circunvalação do maior lago da Europa, o Bodensee ou Lago de Constância (Alemanha, Áustria e Suíça) apesar de estarmos bem longe do mar.
  • O incentivo que as pessoas de uma pequena aldeia no Deserto de los Monegros (Espanha) podem dar, ao se aperceberam que afinal o seu local foi importante para aquele grupo numa rota tão grande.
  • O sentido de missão cumprida quando nos surge entre as arvores a torre da Basílica do Santuário de Fátima (Portugal) depois de realizado o Caminho do Tejo.
  • Assim como do sentido de desilusão quando se tem que desistir, ou melhor adiar para melhor altura, a realização da Rota do Califato (Espanha) devido às más condições do terreno.

Por estes motivos, viajar é descobrir algo pela primeira vez, que nos cria algo de novo.

A informação disponível sobre os locais pode ser imensa, mas só se conhece verdadeiramente um local quando o pisamos, quando respiramos o seu ar, desta forma, somos cidadãos daquele local e sentimo-nos em casa em cada lugar por onde passamos.

Estão reunidas as condições para iniciarmos uma viagem que nada tem de semelhante com aquela que normalmente se faz, aqui não há pacotes turísticos, aqui há pessoas e a sua forma de se integrarem na paisagem, o resto descubra você no local